O que é estimulação cerebral profunda?
A estimulação cerebral profunda (DBS) demonstrou ser uma opção viável para algumas pessoas que têm depressão. Os médicos o usaram originalmente para ajudar a controlar a doença de Parkinson. No DBS, um médico implanta pequenos eletrodos na parte do cérebro que regula o humor. Alguns médicos praticam DBS desde os anos 80, mas é um procedimento raro. Embora as taxas de sucesso a longo prazo ainda não tenham sido estabelecidas, alguns médicos recomendam o DBS como uma terapia alternativa para pacientes cujos tratamentos anteriores para depressão não tiveram sucesso.
Como a estimulação cerebral profunda funciona
Um médico implanta cirurgicamente pequenos eletrodos no núcleo accumbens, que é a região do cérebro responsável por:
- liberação de dopamina e serotonina
- motivação
- humor
O procedimento requer várias etapas. Primeiro, o médico coloca os eletrodos. Alguns dias depois, eles implantam os fios e a bateria. Os eletrodos são conectados através de fios a um dispositivo semelhante ao marcapasso implantado no peito que fornece pulsos de eletricidade ao cérebro. Os pulsos, que geralmente são entregues constantemente, parecem bloquear o disparo dos neurônios e retornar o metabolismo do cérebro a um estado de equilíbrio. O marcapasso pode ser programado e controlado de fora do corpo por um dispositivo portátil.
Embora os médicos não tenham muita certeza do porquê dos pulsos ajudarem o cérebro a se recuperar, o tratamento parece melhorar o humor e dar à pessoa uma sensação geral de calma.
Objetivo
Em muitos ensaios clínicos de DBS, as pessoas relataram alívio da depressão e aumento significativo da qualidade de vida. Além da depressão, os médicos usam o DBS para tratar pessoas com:
- transtorno obsessivo-compulsivo
- Doença de Parkinson e distonia
- ansiedade
- epilepsia
- pressão alta
O DBS é uma opção para pessoas com depressão crônica ou resistente ao tratamento. Os médicos recomendam cursos prolongados de psicoterapia e quimioterapia antes de considerar o DBS, pois envolve um procedimento cirúrgico invasivo e as taxas de sucesso variam. A idade geralmente não é um problema, mas os médicos recomendam que você esteja em boas condições de saúde para resistir a uma grande cirurgia.
Possíveis complicações
O DBS é geralmente reconhecido como um procedimento seguro. No entanto, como em qualquer tipo de cirurgia cerebral, sempre podem surgir complicações. As complicações comuns associadas ao DBS incluem:
- uma hemorragia cerebral
- derrame
- uma infecção
- uma dor de cabeça
- problemas de fala
- problemas de controle sensorial ou motor
Outro fator a considerar é a necessidade de cirurgias subsequentes. O monitor implantado no peito pode quebrar e as baterias duram entre seis e 18 meses. Os eletrodos implantados também podem precisar ser ajustados se o tratamento não parecer estar funcionando. Você precisa considerar se está saudável o suficiente para passar por uma segunda ou terceira cirurgia.
O que dizem os especialistas
Como os estudos de longo prazo e os ensaios clínicos mostram resultados variados com o DBS, os médicos podem apontar apenas seus próprios sucessos ou fracassos com o procedimento. O Dr. Joseph J. Fins, chefe de ética médica do Hospital Presbiteriano de Nova York / Weill Cornell Center, diz que o uso do DBS para condições mentais e emocionais deve ser "testado adequadamente antes que seja chamado de terapia".
Outros especialistas acham que o DBS é uma opção viável para pessoas que não estão obtendo sucesso com outras terapias. Ali R. Rezai, da Cleveland Clinic, observa que o DBS "é promissor para o tratamento da depressão maior intratável".
O takeaway
O DBS é um procedimento cirúrgico invasivo com resultados variados. Revisões e opiniões são misturadas no campo da medicina. A única coisa em que a maioria dos médicos concorda é que o DBS deve ser uma escolha distante para o tratamento da depressão e que as pessoas devem explorar medicamentos e psicoterapia antes de optar pelo procedimento. Converse com seu médico se você acha que o DBS pode ser uma opção para você.